Mercado de Investimentos em 2019

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O ano de 2019 poderá contar com um cenário favorável aos investimentos, mas para que isso se torne realidade as pessoas devem ficar atentas e se prepararem para entender o mercado e conseguir aproveitar as oportunidades. Esta é aposta dos especialistas da Plátanos Investimentos de São José dos Campos.

“Entender o cenário à frente e observar os movimentos do mercado são atitudes importantes para investir bem no próximo ano”, comentou o sócio diretor da Plátano, Jailson Portugal.

Um dos sinalizadores positivos é o dado do IPEA – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – que já estima um crescimento na economia da ordem de 2,9%. Todavia outros fatores internos contribuem para as boas expectativas.

A confirmação dos nomes da equipe econômica do novo governo e a retomada da atividade econômica animaram os investidores e o mercado financeiro. Muito se pergunta porque nas últimas semanas a bolsa brasileira ainda não decolou como se esperava. Mas afinal, o que realmente precisa acontecer e quais os desafios para o mercado financeiro finalmente deslanchar?

O economista e assessor de investimento da Plátano, Rodolfo Manfredini explica que, na realidade, a vitória de Jair Bolsonaro já estava precificada em boa parte nos ativos na bolsa. Portanto, os preços dos ativos já estavam agregando valor antes mesmo do resultado oficial.

Entretanto, o mercado observa com muita atenção a formação da equipe econômica do novo governo, com a visão liberal de Paulo Guedes e a qualidade e a experiência no setor público dos remanescentes da equipe atual de Temer, como Mansueto Almeida. No lado técnico, o mercado está atento a um time de primeira linha nas estatais e secretarias com objetivo claro de fazer as reformas com profundidade e a qualidade necessárias, tais como a da previdência, o regime tributário e de Estado – leia-se privatizações – e também as concessões e enxugamento da máquina pública.

Todavia, no time da articulação política não se enxerga até o momento a mesma desenvoltura para coordenar esta “engenharia política” de fazer reformas tão importantes e ao mesmo tempo muito polêmicas.

“As eleições para os presidentes da Câmara e do Senado serão os primeiros sinais da qualidade de articulação política, já que serão cruciais para o andamento das pautas de maior emergência, como a reforma de previdência. Vale lembrar que diversas corporações que podem ser afetadas nas reformas estão muito bem representadas no novo Congresso e no próprio novo governo. Assim, o “fogo amigo” pode ser mais um obstáculo nesta difícil caminhada”, comentou Manfredini.

O Mercado segue apostando numa agenda reformista média, uma expansão mínima de 2,5% do PIB, dólar em R$ 3,80, inflação em 4,0% e Selic 8,0% para 2019, segundo Boletim Focus da Banco Central.

Neste mesmo cenário, a XP Investimentos aponta que a B3 – Bolsa de Valores do Brasil – deverá atingir patamares entre 105-115 mil pontos em 2019, frente ao patamar de 85-90 mil pontos das últimas semanas.

Quatro itens pesam nesta perspectiva: revisão positiva das expectativas para empresas de capital aberto para 2019 e 2020, redução da taxa de desconto das ações na bolsa, a entrada de capital e o aumento de alocação em bolsa dos Fundos de Investimentos, dos atuais patamares de 5,5%, para 8,4%, média histórica dessa alocação.

Temos que observar também fatores externos que podem influenciar os investimentos e o mercado, em especial a guerra comercial EUA vs. China e a saída descontrolada do Reino Unido da União Europeia (Brexit).

“Mesmo diante do cenário desafiador, vale lembrar que a taxa Selic permanece no menor nível histórico. Desta forma, ainda é o momento de investir na Bolsa Brasileira, pois estamos em uma janela de oportunidade que pode trazer bons resultados aos investidores. Sempre de maneira responsável, de acordo com os riscos e perfil de cada cliente, e com orientação de seu Assessor de Investimentos”, enfatizou Manfredini.

Investimentos com boas perspectivas

Segundo os analistas do mercado, os investimentos que prometem aquecer a economia entre eles estão os CDBs – Certificado de Depósito Bancários. A Letra de Crédito Imobiliário (LCI) e a Letra de Crédito do Agronegócio (LCA), já que há uma tendência que estes setores sejam beneficiados com o aquecimento da economia.  Eles também vêem oportunidades no mercado de ações com as possíveis privatizações. (Renata Vanzeli)